Safra de guitarras, reserva 2010

Outro dia estava conversando com meu amigo Marcelo Tavela sobre como o Brasil não produziu nada de original ou que preste desde os anos 90 (ou até mesmo antes) e especialmente no que diz respeito ao cenário Rock. Pelo contrário, parece que involuiu e se tornou ainda mais sem sentido e banal. Vide bandas como Strike, Vivendo do Ócio e outras que de tão medíocres eu nem lembro o nome e os pseudo punk emos que fazem xixi em copinhos de plástico tirando ondinha de rockstar em 2 minutos de fama no site ca Capricho.

Fico envergonhada cada vez que me perguntam o que tem de bom no cenário rock no Brasil e ouco que desde o Sepultura não se ouve nada que tomou fama internacional. O Cansei de Ser Sexy foi a última tentativa de uma colonizacão brazileira na música internacional mas sozinho sua significância em representar o país foi limitada. Penso sempre no Litlle Joy que é bem bom mas nao parece ter emplacado.

Depois desse papo me dei conta que fazia mto tempo que não escrevia aqui sobre as bandas ótimas que eu tenho visto aqui na Suécia e como um paíseco de 9 milhões de pessoas produz bandas insanamente melhores que nossos 180 milhões de brazucas. Mesmo que ninguém leia esse blog (ou ninguém além do Jama), de repente alguém acaba caindo aqui através do google e vai descobrir uma banda nova que goste.


Monotonix

Não é sueco, mas recentemente eu fui no show do Monotonix e posso dizer sem dúvida que fazia mto tempo que eu näo me divertia tanto em um show. A banda de israelitas peludos e suados deu uma surra de rock'n'roll no público e ainda arrumou briga com os segurancas. O Monotonix é mais conhecido por sua performance do que por sua música, mas é rock tão puro quanto as gotas de suor caindo da barba do vocalista. Vale a pena ouvir, mas vale mais a pena ainda ver ao vivo.





Pra ouvir e ler mais clique aqui.



Johnossi

Menina dos olhos da música sueca atualmente, o Johnossi agrada desde garotinhas loirinhas adolescentes até barbudos suecos que tomam cerveja a galão. Eu não sou loira nem adolescente mas bebo alguns galões de cerveja por fim-de-semana e por isso me encaixo no meio do público da banda.

Dois carinhas de Estocolmo, John Engelbert (vocals, guitar) e Oskar Bonde (batera), resolveram misturar um monte de influências que são a base do rock'n'roll e que derivam dele e montaram a banda em 2004. Meio na onda do Black Keys, White Stripe e outras duplas de rock, a banda faz um esporro digno de 5 músicos no palco com apenas dois culhões. Eles já lancaram 3 discos e estão entre os mais "hypes" da cena atual aqui. Muito mais que o The Hives ultimamente, que está enfurnado em estúdio há meses.












Satan Takes A holiday



Além de um ótimo nome pra banda, o Satan Takes a Holiday é uma banda fresquinha, novinha daqui de três caras

Essa banda eu tenho um carinho especial não só porque as músicas são ótimas mas também porque o batera é casado com uma colega de trabalho e o vocalista é um pitél.

As músicas são energéticas como uma overdose de redbull e misturam influências de punk dos anos 70, blues e garage rock. É uma banda que não se encaixa em nenhum período de tempo exato e toca o rock'n'roll empolgante e "timeless". Recomendo e recomendo ver ao vivo.






Mas eu que recentemente estive na California de férias ando um tanto viciada em uma banda de Mariachi, descendente da excelente banda de punk/rock The Bronx. Mariachi El Bronx é de uma qualidade impressionante de melodias e letras e consegue trazer o estereotipada música mexicana para uma versão moderna que dá vontade de assistir todos os filmes do Tarantino e do Roberto Rodriguez sem parar. Oucam:

Mariachi El Bronx






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