It might get loud



Eu ando numa fase musical bem crua. Ouco muito blues, MC5 e cada vez mais guitarras sujas e riffs simples, como uma saga pessoal dos meus ouvidos às raízes do rock.

Andei ouvindo um bocado de Jack White mas não de White Stipes, e sim da veia bluegrass dele que pra mim é a melhor. Dessa incursão do trabalho do mr White fui do The Dead Wheater às músicas dele na trilha sonora do filme Cold Mountain. Entre elas as maravilhosas "Sittin on the top of the world" e "Never Far Away".

Acabei surfando de cara com algumas surpresas no Spotify e YouTube. Uma delas foi a banda The Hentchmen e o disco Hentch-four.five com a participacão do braquelo e o blues "Fly Farm Blues", composto como trilha para o documentário "It Might Get Loud".



It Might Get Loud foi lancado pela Sony Pictures e ao que me parece passou meio desapercebido. A idéia do documentário era pegar três guitarristas de geracões e influências diferentes e dissecar a relacão deles com a guitarra. Os três mosqueteiros no caso são Jimmy Page (Zeppelin), The Edge (U2) e o caculinha Jack White (White Stripes, The Raconteurs, The Dead Wheather).

Cada um com seu som característico e famosos cada um por tocar um determinado modelo de guitarra: Jimmy com a Les Paul, Edge com a Explorer e Jack com as esquisitíssimas guitarras de Luthier e vintages airline models.

Em termos de talento eu achava que o Edge é o mais "fraquinho" do trio. Mas passei a reconhecer a genialidade dele em usar efeitos e conseguir tirar sons históricos da guitarra com riffs tão simples. Jimmy Page é praticamente quem imortalizou a guitarra mais famosa de todos os tempos com seu criador, o saudoso e genial Mr Les Paul.

Jack é o cacula e cuja criatividade é ainda atual e efervescente comparado aos dois trios do documentário. Mas o que mais me chamou atencão no documentário é que todos falam do instrumento com profunda admiracão e paixão, além de mostrarem que a essência do rock'n'roll pode sim existir na simplicidade de uma pentatônica. Pra mim está aí a genialidade de um guitarrista, e não na arrogância e destreza circense de um Yngwie Malmsteen da vida.

Ficam aí alguns vídeos do documentário.











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Café da manhã sueco

Um dos vídeos mais engracados que eu vi em muito tempo.

Esse sueco a toa testa coisas malucas e posta no YouTube.

No caso, ele testa um daqueles patches de estimulo neurológico (tipo aqueles cintos de abdominais) e ao mesmo tempo ele prepara e come um café da manhã bem básico.

Assistam:



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Velhos heróis

Fui com meu manfriend ontem assistir Up no cinema e me dei conta de que os dois maiores lancamentos em animacão da temporada tem velhinhos como heróis: Up e A Christmas Carol (o clássico de Charles Dickens).

Achei Up bem legal. Bem humorado e uma história bem amarradinha. Engracado que as animacões têm conseguido ter enredos mais bem amarrados que muitos filmes com "gente de verdade".

Pode ter sido pura coincidência, mas acho legal que ambos filmes tenham idosos como heróis. Pode ser um passo na mudanca da mentalidade que idosos são os resto da civilizacão pra que eles sejam menos marginalizados.

Up:


A Christmas Carol, com Jim Carrey no papel principal:


Por falar em Jim Carrey, o site dele é absurdo: www.jimcarrey.com


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Música latina na Suécia?

Sim, existe e é ótima ao vivo.

Na sexta passada tivemos a festa de fim de ano da empresa com tema de Moulin Rouge. Achei um pouco inapropriado ter uma festa na empresa com puteiro francês como tema. Mas a festa teve uma ótima surpresa: Uma das bandas que eu estive mais curiosa aqui na Suécia se apresentou durante quase duas horas.

E eu que caí no barril do rock'n'roll quando era pequena, como um Obelix impuro, acabei sentindo meu sangue latino ferver e dansei. E dansei muito.

Hoffmaestro & Chraa tem trocentos pessoas no palco e mistura ska, hip hop, uns sons meio havaianos, reggae, música caribenha e latina.



Não sei porque uma banda dessas acabou surgindo logo aqui na Suécia. Um país frio, sem sol durante 6 meses e onde um baseado custa 100 reais. Mas existe. E a música é empolgante e dansante. Claro que não é a coisa mais original e revolucionária do mundo, mas me deixou pensando porque no Brasil não existe uma banda assim? Nós temos todos os elementos pra isso e ainda temos o balacobaco no sangue.

Adoraria ver esse apagão musical do Brasil acabar. Afinal de contas, olha o bronzeado desses branquelos! Como eles podem ter mais groove e nocão de música latina que nós?





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